Faltam profissionais prontos para ocupar os postos de trabalho do futuro.
Como não existe formação específica, agências de comunicação montam equipes com publicitários, jornalistas e matemáticos.
Uma pesquisa aponta que nos próximos anos, três tendências vão influenciar o surgimento de novas profissões: a busca por inovação, a preocupação com a sustentabilidade e a valorização da qualidade de vida – que passará pela comodidade dos serviços via internet. É como se o futuro tivesse chegado sem avisar, já que a oferta de mão de obra não acompanha a necessidade do mercado. Faltam profissionais prontos para ocupar os novos postos de trabalho.
Para James Whright, professor da Fia, as instituições de ensino devem trabalhar junto ao setor produtivo para identificar as demandas e associar competências e filosofias. “O processo de formação no Brasil ainda é muito clássico. É muito enraizado nas profissões tradicionais. As escolas precisam pensar em um horizonte dez anos a frente, pelo menos”, avalia.
Na web, as redes sociais já abriram o caminho. A preocupação das empresas com o que está sendo dito e a vontade de influenciar o que vai ser dito, fez surgir três novas ocupações.
O analista de redes sociais faz um levantamento completo de tudo que os internautas andam falando da marca.
“O profissional deve ter uma intimidade com números. Ter facilidade de interpretar tendências, posicionar a marca e ter uma visão a longo prazo”, explica o analista Fábio Drummond.
O estrategista de redes sociais decide o que fazer para que falem muito e falem bem. Essa estratégia é executada pelo produtor de conteúdo. “A gente busca o que as pessoas já falam sobre o assunto, as principais dúvidas que elas têm. Aí, a gente usa o que a marca tem e procura oferecer um conteúdo interessante para que a pessoa tenha um motivo para seguir o nosso perfil e gostar da marca”, diz Renata Longhi, produtora de conteúdo.
Como não existe formação específica para tudo isso. Agências de comunicação montam equipes com publicitários, jornalistas, matemáticos. Todos a serviço de grandes empresas. “A gente vem tendo um crescimento constante de novas oportunidades para esses profissionais. Cada vez mais, as coisas que acontecem nas redes sociais permeiam os negócios da agência. São carreiras com muitas possibilidades para o futuro”, revela Paulo Sanna, vice-presidente de criação da Wunderman.
Fonte: G1