O uso cada vez mais expressivo das redes sociais e dos aplicativos terceirizados para navegar na internet pode culminar na ‘morte’ da web, segundo a Wired. A edição de setembro da revista trará um artigo de seu editor-chefe, Chris Anderson, com o fundador do site Newser, Michael Wolff, no qual afirmam: “A web está morta. Vida longa à internet”. A informação é do Terra.
A contradição na expressão da dupla é explicada da seguinte maneira: eles consideram a internet como algo equivalente a um país, enquanto a web representa apenas uma cidade. Do ponto de vista tecnológico, a ‘net’ representaria uma parcela grande de cabos e computadores, enquanto a ‘web’ seria apenas um conjunto de páginas escritas em HTML.
Como rede social mais popular do mundo, o Facebook está cumprindo seu papel nesse sentido. O site de Mark Zuckerberg possui ferramentas que induzem o internauta a permanecer por lá. As pessoas, segundo afirmam os autores, passam mais tempo em redes sociais do que navegando por meio de browsers. Além disso, o aumento considerável de aplicativos móveis também afasta o modelo convencional; a web, portanto, estaria morta.
Entretanto, Anderson e Wolff não profetizam sobre o fim desse tipo de navegação, apenas afirmam que softwares como IE e Firefox deixarão de ser a principal fonte de contato com a rede mundial de computadores.
Outro lado
A análise feita pela Wired não é consenso no meio tecnológico. Erick Schonfeld, do site TechCrunch, discorda da conclusão de que os navegadores estão ultrapassados. “Essas mudanças acontecem em ondas. Primeiro o navegador surgiu e tomou conta de tudo. Quando os desenvolvedores quiseram mais opções, eles criaram os aplicativos. Mas, no final das contas, o navegador vai acabar por absorver estas inovações”, disse.
Com gráficos da própria revista, Rob Beschizza, do site Boing Boing, chegou a outra conclusão. “Não há sequer um indicativo de que o crescimento da web tenha diminuído. É possível enxergar, inclusive, um aumento do compartilhamento de vídeos, por exemplo, que são incorporados justamente em navegadores”, afirmou.