Estudo da WMcCann realizado no fim de 2011, com 400 possuidores de Banda Larga, e 150 pretendentes de São Paulo e do Rio de Janeiro revelou que a Banda Larga no Brasil pode ser considerada um caso de “saúde pública”. Os males e transtornos causados às pessoas justificam esta qualificação. Do total de usuários entrevistados, mais de 60% declararam que padecem de “Bandalarguite”, pois sua internet de alta velocidade funciona muito mal e varia muito. “Nos permitimos fazer essa analogia porque o uso da má oferta de banda larga causa frustração e dor de cabeça”, explica o responsável pelo estudo, Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann.

Outros pontos identificados também comprovam esta relação pouco saudável com a Banda Larga hoje em dia:

Sintomas que atingem cerca de 50% ou mais das pessoas: download sonolento, upload em soluços, streaming com gagueira, VOIP com artrite gráfica, reload com tique etc.
Disfunções que as pessoas adquirem em função destes sintomas: frustração com as constantes perdas, ausência de espontaneidade, redução das horas de sono, sensação de tempo escravizado, impaciência, conformismo. Todas estas anomalias foram admitidas por cerca de 60% ou mais dos entrevistados.
Problemas da infraestrutura estão por trás desta situação. Além deles, outra questão levantada por mais de 60% da amostra foi: “Não recebo nem a velocidade nem a qualidade pela qual pago”. Há uma nítida sensação de que as empresas entregam menos que elas vendem.
Não é de se admirar, portanto, que para mais de 55% dos possuidores e 80% dos pretendentes a internet ideal ainda não existe.
A banda larga ideal traz um conjunto de atributos que pode ser resumidos em garantia de regularidade com estabilidade.
A velocidade como atributo desejado perde terreno neste contexto. Até porque todas as marcas existentes no mercado vendem basicamente velocidade. As pessoas aprenderam que na prática a velocidade não é mais suficiente. Por isso, cerca de 90% tanto dos possuidores quanto dos pretendentes abririam mão da metade dos “megas” por uma banda larga que está sempre estável e nunca muito lenta.
Por fim, dentro do imaginário coletivo dos atuais possuidores, a tecnologia que poderia curar os seus males de “Bandalarguite” seria a “fibra ótica”. Mais de 50% acreditam que ela é a melhor tecnologia disponível.
O estudo conclui que a baixa qualidade da oferta do serviço de banda larga no país tolhe o desenvolvimento do potencial econômico e causa tremendo estresse na vida privada dos brasileiros