Um estudo recente feito pela consultoria Hay Group mostrou que 27% dos profissionais pensam em deixar o emprego nos próximos dois anos, principalmente por falta de incentivo da empresa. Além disso, mais da metade dos trabalhadores brasileiros (56%) está insatisfeita com a sua carreira, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva.

Muitos deles optam por mudar de profissão devido a altos níveis de estresse, baixa remuneração, perda de interesse no assunto ou por adquirir interesse em uma nova área. Foi o caso de Daniel Mazza, um planejador financeiro graduado em Comunicação Social que teve contato com a nova carreira na Austrália.

Ele que sempre foi um entusiasta do tema finanças e investimentos, frequentemente era procurado por parentes e amigos para dar dicas em como gerenciar e investir melhor o dinheiro

“Em 2009, estava morando na Austrália onde existe um mercado de planejamento financeiro bem maduro e desenvolvido. Conheci essa profissão por lá. De cara me identifiquei, pois percebi que poderia utilizar minha formação na área de Humanas, minha experiência em lidar com pessoas, com minha paixão pelo mundo financeiro e de investimentos. Em 2010, resolvi estudar e fiz o curso Diploma of Financial Planning que me possibilitou tirar uma certificação obrigatória de atuação para o mercado australiano (RG146). Em 2011, comecei minha atuação no mercado de lá”, conta.

Ele integrou o time de alunos da Academia de Planejamento Financeiro GFAI, a primeira a oferecer uma formação empreendedora para Planejadores Financeiros independentes no país.

“Decidi fazer a formação justamente para me auxiliar na formatação desse modelo de negócio. Por ser uma formação muito prática, onde o intuito é de fato criar uma metodologia, lapidar ferramentas de trabalho e trabalhar em cima da viabilidade econômica do negócio, vi na Academia um bom caminho a trilhar. Aliado a isso, tem um foco bem importante na parte comportamental do ser humano, essencial no desenvolvimento de nosso trabalho”, complementa Mazza.

Robson Henriques também trocou de profissão e deixou o mercado de T.I para se tornar planejador financeiro independente. Ele é graduado em Engenharia da Computação, mas foi atraído para a área devido ao aumento da demanda e à vontade de ajudar as pessoas. Robson uniu a habilidade em ensinar ao interesse por finanças e procurou a Academia GFAI para aprimorar suas técnicas.

“Quando eu trabalhava como engenheiro, eu era especialista em uma ferramenta específica e tive que ensinar algumas pessoas. Foi aí que eu notei que tinha um certo tato para ensinar. Peguei essa habilidade que eu já tinha e comecei a falar sobre finanças com meus amigos e familiares. A partir desse momento, consegui ganhar mais confiança das pessoas e começar a atuar. O escopo do planejador é muito amplo, já que todo mundo que lida com dinheiro de certa forma é cliente para um planejador, e eu abracei essa carreira motivado a ajudar as pessoas a terem saúde financeira e realizar os próprios sonhos”, comenta.

Ao final do curso, o aluno tem diversas possibilidades de atuação, sendo as principais: montar o próprio negócio sozinho, montar uma sociedade com outros profissionais ou buscar uma empresa que já tenha uma plataforma e se associar a ela.

Segundo Janser Rojo, diretor da Academia GFAI, os alunos debatem sobre a melhor alternativa para cada um. “O nosso intuito é abrir um espectro de oportunidades e dar autonomia para o profissional. No curso nós dividimos experiências e discutimos sobre o trabalho de planejador não só no Brasil, como no mundo. A GFAI tem uma comitiva que vai aos Estados Unidos anualmente para acompanhar as tendências do setor”, explica.

Para os interessados no assunto, Mazza deixa a mensagem de que a carreira deve ser analisada com visão de longo prazo. “Como qualquer outra carreira, requer paciência, experiência e determinação para crescer e se tornar um grande profissional. Temos a oportunidade de construir juntos esse mercado no Brasil, já que somos os precursores desse movimento. Para mim isso é extremamente motivador. Não há, em minha opinião, nenhuma outra profissão neste momento que alinhe tanto propósito com potencial de crescimento como a carreira de Planejador Financeiro Pessoal”, conclui.