Dois dos principais patrocinadores dos Jogos Olímpicos correm o (pequeno) risco de serem excluídos da edição deste ano do evento. A Assembleia de Londres, que sediará as competições, contesta a presença de McDonald’s e Coca-Cola, por trabalharem com produtos ligados à obesidade infantil.

Entretanto, a possibilidade de as duas gigantes ficarem de fora é, como ressalta Rodrigo Russo em reportagem na Folha de S.Paulo, bem pequena. A Coca-Cola mantém o mais longevo contrato comercial do Comitê Olímpico Internacional, já que estão juntos desde os Jogos de 1928 (Amsterdã); já o McDonald’s está com o COI desde 1976 (Montréal).

Além disso, cerca de 40% dos valores levantados com Olimpíadas proveem de parcerias comerciais.

A Assembleia que pede banimento das marcas aprovou recentemente moção pedindo ao COI que adote regras mais rígidas quando aos patrocínios. A ideia era justamente evitar produtos ligados ao problema de saúde.

Jenny Jones, parlamentar do Partido Verde autora da proposta, declarou que “Londres ganhou o direito de sediar os Jogos de 2012 com a promessa de deixar um legado de crianças mais ativas e sadias ao redor do mundo”. Por isso seria incoerente ter empresas como Coca-Cola e McDonald’s como apoiadores.

Ainda segundo a Folha, os contratos das marcas garantem exclusividade na venda de alimentos e bebidas não alcoólicas durante os Jogos. O McDonald’s se prepara para instalar no Parque Olímpico seu maior restaurante no mundo, com capacidade para 1,5 mil pessoas.

Em sua defesa, a rede de fast-food argumenta que trabalha com um menu em que constam saladas e opções saudáveis, enquanto a Coca-Cola lembra que mais de 75% dos produtos a serem vendidos durante o evento são compostos por água, sucos e refrigerantes livres de açúcar.