Analista americano diz que a rede deve desaparecer em até oito anos. Para diretora da DigitalMe, o Facebook está muito longe de seu fim.
O analista e investidor da Ironfire Capital fez uma previsão pouco otimista para a rede social mais popular da atualidade. “Em cinco a oito anos, o Facebook vai desaparecer do mesmo jeito que o Yahoo”, disse em entrevista ao programa “Squawk on the Street”, da rede de TV americana CNBC. “O Yahoo continua sendo lucrativo, tem 13 mil funcionários trabalhando, mas tem 10% do valor que tinha no início dos anos 2000”, completou.
O assunto é polêmico e divide opiniões. Para Vivian Vianna, diretora da DigitalMe, agência especializada em redes sociais, o Facebook está longe de acabar e tem potencial para continuar crescendo por muitos anos. “As possibilidades que o Facebook oferece ainda são pouco aproveitadas pelas empresas, que têm um longo caminho pela frente até conseguirem explorar tudo ao máximo. Por isso, acredito que ainda teremos muito tempo antes dessa rede social se esgotar”, afirma.
Já para Jackson, o aumento do uso de plataformas móveis e novos aplicativos comprometem o Facebook, que tem o estigma de uma empresa desenvolvida como um website. “O mundo está cada vez mais competitivo. Aqueles que foram dominantes na geração anterior terão dificuldades para migrar para um novo tempo. O Facebook pode comprar um monte de empresas novas, mas eles ainda serão um website, grande e gordo, o que é diferente de um aplicativo móvel”, disse Jackson.
Algumas das aquisições anunciadas pelo Facebook, como a da rede social de compartilhamento de fotos Instagram, em abril, já anunciam essa mudança em direção ao universo móvel. Por outro lado, o Facebook (diferente do Google) ainda não possui modelos de negócios para seus apps.
“Um trunfo do Facebook que pode tornar a sua vida mais longa é o Open Graph, que faz com que qualquer coisa na internet se torne um objeto do Facebook, aumentando a dependência de pessoas e empresas a plataforma social”, explica Vivian Vianna. Ela também destaca a possibilidade que o Facebook tem em capturar informações sobre preferências e comportamento de seus usuários. Isso permite oferecer conteúdo e produtos de forma mais personalizada e segmentada, sendo um ótimo recurso para as marcas. Outro ponto destacado por Vivian é a implementação da timeline. “Imagine que daqui a 20 anos, você pode ter um livro com a história da sua vida com apenas um clique”, diz.
Segundo dados divulgados pelo próprio Facebook, a rede possui mais de 900 milhões de usuários ativos.