As reclamações sobre a campanha da Hope com Gisele Bündchen não deram em nada. Nesta quinta-feira, 13, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) arquivou a representação contrária à criação da Giovanni+DraftFCB.
Todos os presentes do Conselho de Ética do órgão consideraram que “os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina”.
A Representação, de número 225/11, foi aberta a partir de denúncias formuladas junto ao Conar por cerca de 40 consumidores e também pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República.
Na época da reclamação, a ministra Iriny Lopes, chefe da SPM, divulgou nota em que acusava a propaganda de promover o reforço do “esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido” e de ignorar os avanços alcançados para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. “Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”, dizia.
Na peça, Gisele ensina as mulheres como devem se portar em casos de “risco” com os maridos. Ao dar uma notícia ruim, sugere a criação, tire a roupa e use a sensualidade.
Segundo o Conar, representantes da Secretaria, do anunciante e da agência participaram da sessão de julgamento, tendo podido expor seus pontos de vistas. E ainda cabe recurso da decisão.