Estudo do Data Popular prevê que 7,5 milhões de família de média e baixa renda vão fazer a opção em 2011

Os consumidores emergentes devem aquecer ainda mais o mercado imobiliário neste ano de 2011, principalmente nos próximos seis meses. A previsão é do instituto Data Popular que acaba de divulgar estudo que mostra que 88% das intenções de compra de imóveis no Brasil estão concentradas nas classes C, D e E. 

São 7,5 milhões de famílias, de um universo de 9,1 milhões, de média e baixa renda com planos de comprar no período um imóvel ou terreno.  O Data Popular extratificou o universo com sendo 17% são do chamado topo da pirâmide econômica, 47% da classe C, com cerca de 4,3 milhões de famílias, e 36% às classes D e E, com 3,2 milhões.

É reflexo do aquecimento do mercado imobiliário. Na última quarta-feira (2) o governo anunciou aumento do valor final dos imóveis do projeto “Minha casa, minha vida”. Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília salta de R$ 130 mil para R$ 170 mil e nas demais capitais de R$ 100 mil para R$ 150 mil. O “Minha casa, minha vida” garante bônus de r$ 23 mil concedidos aos que têm crédito aprovado para imóveis desse perfil.

“Como muitas famílias das classes emergentes vivem em imóveis cedidos ou alugados, e tiveram melhora de vida nos últimos oito anos, representam um contingente de compradores em potencial. Com aumento do emprego formal, acesso ao crédito e maior escolaridade, as classes C e D devem mudar o quadro atual das habitações no Brasil nos próximos anos”, disse Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular e que desde 2001 se dedica às pesquisas focadas no mercado emergente brasileiro. 

Entre os clientes atendidos pelo  instituto estão a Febraban, Casas Bahia, Grupo Pão de Açúcar, Itaú-Unibanco, Cielo, Grupo Silvio Santos, Grupo RBS, Portal Terra, Positivo Informática, Construtora Living, Camargo Corrêa, CPFL, CTBC, Eletropaulo, Fiat, Volkswagen, C&A, Pernambucanas, Droga Raia, Cacau Show, Mattel e Associação Comercial de São Paulo.