Nos dias de hoje, aproximadamente 92% da população brasileira possui smartphones, em todas as classes sociais. Junto com a evolução tecnológica e as diversas facilidades para aquisição, é importante se preocupar muito com a segurança dos dados e informações que circulam pelos equipamentos.
O caso mais recente e que ganhou repercussão nacional foi o da atriz Marina Ruy Barbosa. Ela foi vítima de hackers na madrugada desta terça-feira, dia 17, pela segunda vez. Com 33,3 milhões seguidores no Instagram, o perfil da atriz começou a divulgar uma suspeita doação de celulares.
Hoje em dia, não é incomum conhecer alguém que já tenha passado por algo parecido. No caso da atriz, ela pode ter sido induzida, em algum momento, à executar determinado procedimento que instalasse um software malicioso/espião.
Wellington Ávila, professor do IBMR e especialista em Cybersecurity fala que “não adianta termos os melhores programas antivírus instalados em nossos aparelhos de celular se não formos “maduros” o bastante para saber lidar com cuidados específicos com os riscos que estamos expostos. É importante lembrar que operar a tecnologia requer muito mais do que apenas conhecimentos de informática ou tecnológicos. Infelizmente, porém, presenciamos pessoas sendo vítimas do mau uso da tecnologia: celulares invadidos, calúnias, difamação, roubos, entre outras situações, vêm ocorrendo com frequência e da pior maneira, e na maioria das vezes sem deixar rastros.”
Ele explica que normalmente as invasões são oriundas da realização de procedimentos irregulares no aparelho. “O problema ocorre comumente quando o usuário executa algum aplicativo que oferece grandes riscos à plena segurança do dispositivo. É possível considerar uma invasão bem-sucedida quando o criminoso consegue extrair com sucesso proveito dessas execuções irregulares”.
Para ele, os brasileiros, na maioria das vezes, possuem a cultura de remediar e não a de prevenir, pois a tecnologia é uma ferramenta de trabalho. Por isso, as instituições devem investir em Segurança da Informação de forma urgente. “Por essa razão, Segurança da Informação é um assunto muito sério e não um simples tema a ser tratado exclusivamente com a área de informática, mas sim com todo cidadão. Devemos lembrar que, em 1980, os americanos já se importavam com a segurança de suas informações digitais”.
O professor lembra ainda que existe uma diferença nos termos “hacker” e “cracker”. “Embora ambos possuem habilidades e conhecimentos avançados em computadores e dispositivos móveis. O hacker não é considerado um criminoso, pois executa seus procedimentos visando modificar softwares, hardwares, redes de computadores e desenvolver soluções mais seguras. O cracker utiliza toda sua desenvoltura e expertise em informática de forma desonesta, visando exclusivamente alguma vantagem financeira ou denegrindo a imagem de uma empresa ou pessoa”. Wellington afirma que jamais haverá uma segurança completa, mas um pouco de cautela ajuda a afastar os criminosos. O professor passa algumas dicas que podem minimizar o incidente de segurança no dispositivo móvel.
- Certifique-se que o sistema operacional esteja sempre atualizado;
Os criminosos virtuais se aproveitam das vulnerabilidades que podem oferecer os sistemas operacionais antigos e efetuarem os ataques. Por isso manter o sistema do dispositivo atualizado é uma boa opção de segurança.
- Instale um antivírus no celular;
Busque um antivírus com antiphishing, visando a identificação e bloqueio em tempo real dos ataques de cibercriminosos em todos os aplicativos.
- Muita atenção nos links compartilhados nas redes sociais;
Atualmente está ocorrendo nas redes sociais uma “chuva” de links que executam a instalação de softwares maliciosos, por este motivo, “todo cuidado é pouco”.
- Verifique previamente com atenção a realização de download de app;
Somente faça downloads de fontes conhecidas e confiáveis como: App Store, iTunes e Google Play. Mas deve-se ter cuidado, pois a Google é menos exigente com requisitos de segurança.
- Prefira a utilização de VPN para se conectar às redes WiFi.
O método VPN criptografa os dados do usuário, deixando as informações do celular na utilização de um app totalmente invisíveis, inclusive para os cibercriminosos. Este método proporciona mais segurança na conexão em redes WiFi de qualquer ambiente.