Interrupções com duração de até 2 horas serão normalizadas em segundos

O fato de São Paulo ter um dos maiores índices de congestionamentos do País não é novidade. Por esse motivo, a AES Eletropaulo está investindo em automação de rede e instalando equipamentos em pontos estratégicos da área de concessão. O objetivo é diminuir o tempo de interrupção das ocorrências em que houve contato transitório de algum objeto com a rede elétrica. Com a tecnologia dos “religadores”, uma ocorrência que levava entre 1h30 e 2h para ser solucionada, poderá ser restabelecida em poucos segundos. As iniciativas de automação da AES Eletropaulo fazem parte do investimento de R$ 317 milhões em manutenção previstos para 2011. No total, a distribuidora investirá R$ 720 milhões no sistema elétrico, entre prevenção e expansão.

Até o fim de 2011, serão instalados 2 mil religadores em toda a área de concessão da AES Eletropaulo. “Temos mais de 1.700 circuitos. No fim do projeto teremos mais de um religador instalado por circuito, priorizados de acordo com a extensão e número de clientes”, destaca Sidney Simonaggio, diretor executivo da AES Eletropaulo.

Os religadores são instalados em circuitos – trechos da rede com até 10 km de extensão, em média – que ramificam pelos postes a energia fornecida a partir das subestações. Com os esses equipamentos, o deslocamento das equipes, que sempre demanda tempo, não é mais necessário, pois o religador restabelece quase que imediatamente o circuito ao qual está conectado.

Em caso de interrupção de energia causada por defeitos, como um galho de árvore que bate na rede e depois cai, o equipamento autoreliga o circuito em uma fração de segundo. Essa tecnologia também isola a falha na rede em ocorrências mais críticas, o que diminui o número de clientes sem energia, facilita manobras das instalações afetadas para outros circuitos e contribui para a segurança da população.

Outra tecnologia que está sendo implementada pela AES Eletropaulo é a digitalização das subestações. Ainda neste ano, todas as 149 subestações da AES Eletropaulo terão equipamentos analógicos substituídos por digitais. Os chamados “relés” funcionam como interruptores que ligam ou desligam dispositivos dentro das subestações. No caso de falhas possibilitam um religamento automático em poucos minutos.