Cristo Redentor será palco de mobilização pelo combate à meningite no Brasil
O Instituto Pedro Arthur, primeira e única organização brasileira que trabalha no combate à meningite, realizará uma mobilização para marcar o Dia Mundial da Meningite, dia 24 de abril, a partir das 10h30, no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Com o mote “De Mãos Dadas Contra a Meningite”, a ação tem como objetivo chamar a atenção da população para o direito de buscar informações e ampliar o conhecimento sobre a doença, sobretudo, sua prevenção.
A iniciativa será uma das várias ações que ocorrerão em todo o mundo para marcar a data com o objetivo de reunir as pessoas para “Dar as Mãos” na luta contra a meningite. No Brasil, o evento será promovido pelo Instituto Pedro Arthur, em parceria com a Confederação das Organizações de Meningite (CoMO), com o apoio da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Novartis, e contará com a presença do Pedro Arthur, símbolo nacional da luta contra a Meningite. Na ocasião, além de darem as mãos pela causa, as pessoas presentes no Cristo Redentor receberão camisetas da campanha e panfletos informativos sobre a doença.
A meningite, considerada um problema de saúde mundial que necessita urgentemente de atenção global, é caracterizada por uma inflamação na membrana que envolve o cérebro ou a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Se não for imediatamente tratada, a meningite pode levar à morte em até 48 horas a partir do aparecimento dos primeiros sinais e sintomas, que são rigidez na nuca, febre, vômito, dores de cabeça, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele. No caso da meningite meningocócica, a doença pode ser ocasionada por cinco (A, B, C, W135 e Y) dos 13 diferentes tipos de meningococos existentes, que se disseminam por meio de atividades comuns do dia-a-dia. Compartilhar utensílios, beber do mesmo copo e beijar podem ser, por exemplo, ações suficientes para transmitir a bactéria, já que a transmissão acontece por secreções respiratórias e pela saliva.
A cada ano, cerca de 500 mil casos de doença meningocócica ocorrem em todo o mundo, causando aproximadamente 50 mil mortes. No Brasil, o número de casos da doença meningocócica chega a mais de 3 mil com mais de 600 mortes a cada ano, com maior incidência nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Aqui também se observa uma maior taxa de letalidade com relação a outros países, pois cerca de 20% das pessoas que desenvolvem meningite por meningococo evoluem para o óbito.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 5 a 10% das pessoas que contraem a doença meningocócica morrem, mesmo recebendo tratamento antibiótico adequado. Sem tratamento, a taxa de mortalidade em decorrência da doença meningocócica é de 70 a 90%. No entanto, ainda há a necessidade de iniciativas mais efetivas em relação à prevenção da doença por meio da vacinação.
Para o presidente do Instituto Pedro Arthur e pai de Pedro Arthur, Rodrigo Diniz, a meningite representa um sério problema para a saúde pública mundial devido a alta capacidade de proliferação e de provocar graves sequelas aos pacientes. A doença afeta geralmente pessoas saudáveis e não escolhe idade, cor, classe social ou região. “O Instituto Pedro Arthur tem o compromisso de erradicar a meningite no Brasil. O Dia Mundial da Meningite é uma oportunidade de conscientizar a população de que a doença pode ser mortal ou causar invalidez permanente em poucas horas. As pessoas precisam conhecer os sinais e sintomas, a importância do tratamento emergencial e o papel preventivo das vacinas. Qualquer pessoa pode ter meningite. Permitir que a sociedade conheça a doença significa salvar vidas” reforça Diniz.
Segundo o doutor em Infectologia, mestre em Pediatria pela UFRJ, Professor Adjunto Doutor do Serviço de Infectologia Pediátrica do IPPMG/UFRJ, Diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ e Secretário do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dr. Edimilson Migowski, devido à rápida evolução da doença, o tratamento imediato pode não ser eficiente para evitar a morte do paciente ou a ocorrência de sequelas irreparáveis, tais como dificuldades de aprendizado, surdez, paralisias motora e cerebral. Considerando que o paciente corre risco de morte, indica-se imediatamente a hospitalização e o tratamento com antibióticos específicos.
”Embora apenas a vacina contra o tipo C da doença esteja contemplada no programa nacional de imunização, já existe uma vacina para quatro (A, C, W135 e Y) dos cinco sorogrupos mais comuns causadores da doença. Por se tratar de uma enfermidade democrática, que não faz distinção de seus acometidos, a prevenção deve ser seguida à risca, pois ninguém está suficientemente protegido sem ser vacinado”, ressalta Migowski.
De Mãos Dadas na Web
Liderada pela a Confederação das Organizações de Meningite (CoMO), entidade mundial que apoia os interesses de organizações que lutam contra a meningite em todo o mundo, a iniciativa visa mobilizar o maior número de pessoas para ajudar na erradicação da doença no mundo. Para isso, entidades de diversos países estão realizando ações locais para incentivar as pessoas a darem as mãos contra a meningite nesta data e dando força a essa causa.
Além dos eventos locais, a CoMO promoverá uma ação digital, chamada “Join Hands Against Meningitis In Our Virtual Community” que visa unir internautas de todos os países para reforçar a causa por meio do site da entidade (www.comoonline.org). No Dia Mundial da Meningite, a CoMO pretende unir mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo – aproximadamente o número estimado de pessoas que terão meningite bacteriana este ano.
>> SERVIÇO
“De Mãos Dadas Contra a Meningite”
Data: 24 de abril
Horário: a partir das 10h30
Local: Cristo Redentor
Endereço: Rua Cosme Velho, 513 – Cosme Velho – Rio de Janeiro/RJ
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