Hoje, Instagram começou esconder as curtida em contas no Brasil. O teste acontece depois Na semana passada do anuncio, feito em maio, durante a F8 — conferência do Facebook voltada para desenvolvedores realizada em San Jose, na Califórnia –, de que iria experimentar uma forma de ocultar as curtidas e visualizações de vídeo na plataforma. O objetivo seria priorizar o conteúdo compartilhado em vez de estimular métricas de popularidade. Especula-se que a medida tenha sido tomada por questões de saúde mental, mas como ficam os negócios?

Não é de hoje que o número de likes aparece como um importante KPI entre as métricas utilizadas por agências e marcas para avaliar o engajamento de criadores de conteúdo na internet. Esta possível mudança dificultaria a seleção dos influenciadores que melhor conversam com a estratégia de comunicação, assim como uma mensuração rápida da aderência do conteúdo. A novidade ainda não se aplica no Brasil, mas empresas e influencers devem começar a pensar em como a mudança impacta essa dinâmica.

Para falar sobre o assunto, gostaríamos de sugerir:

  • Fabricio Macias, CEO e fundador da Macfor, consultoria de marketing de alta performance, especializada em gerar resultados qualificados de tráfego, leads, vendas e conversões. Ele é especialista em marketing digital com mais de 10 anos de experiência na área e considera que esta será a maior revolução apresentada pela rede social desde a sua criação. Ele pode comentar como essas mudanças serão implementadas, o que realmente muda para empresas e influenciadores (sem comprovar através de números, o poder de suas postagens), como ambos podem se adaptar a essa tendência.

Desde o anúncio, especialistas têm destacado alguns pontos sobre a mudança:

  1. Comentários e compartilhamentos ganharão ainda mais relevância, junto do próprio conteúdo;

  2. O número de curtidas/visualizações interfere diretamente no alcance das postagens e funciona como o gatilho para o usuário ter curiosidade naquele conteúdo;

  3. Deve minimizar o impacto de criadores de conteúdo que compram curtidas ou usam bots para ganhar seguidores, aumentando a importância dos micro influenciadores (entre 5 e 50 mil seguidores), que tem muito mais engajamento e poder de influência em grupos reduzido de pessoas;

  4. Investimentos em influenciadores não traz ROI – investimento x retorno (quanto um post traz de retorno?);

  5. Apenas o dono do perfil terá acesso ao número de curtidas e visualizações e a tendência é que o influenciador passe a entregar relatórios à agência ou marca;

  6. As empresas estão cada vez mais focadas na experiência do usuário e a mudança fará com que os usuários compartilhem cada vez mais conteúdo que realmente acham relevantes, tirando o foco das curtidas;

  7. É importante considerar que apesar desses números não influenciam diretamente no negócio das marcas e que há outras métricas disponíveis, mas esta deve ser uma tendência entre as demais plataformas;