Total de equipamentos clandestinos inutilizados desde 2016 sobe para 112 mil. Perdas provocadas pela pirataria chegam a R$ 9 bilhões por ano

A Receita Federal já apreendeu 12 mil decodificadores piratas de TV paga neste ano em Foz do Iguaçu. Estes equipamentos ilegais estão sendo destruídos por meio de um convênio com a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura). Parte dessas caixas clandestinas será inutilizada no 23° Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias Apreendidas, que acontece nesta quarta-feira (5/6), às 10 horas, na sede da Alfândega de Foz do Iguaçu (Avenida Paraná, 1227, Jardim Polo Centro).

Com este novo lote de decodificadores piratas apreendidos, o total de equipamentos destruídos já chega a 112 mil desde 2016, quando a ABTA e a Alfândega de Foz do Iguaçu firmaram o termo de cooperação com este objetivo. A fronteira do Brasil com o Paraguai é uma das principais rotas de entrada destes produtos ilegais no país.

Um estudo realizado pela ABTA aponta que a pirataria de TV por assinatura provoca uma perda de R$ 9 bilhões por ano no Brasil, dos quais R$ 1,2 bilhão em impostos, que deixam de ser arrecadados pelos governos federal e estaduais.

“Além disso, a pirataria de TV por assinatura ameaça milhares de empregos na indústria audiovisual brasileira”, alerta Oscar Simões, presidente da ABTA.

Hipólito Caplan, Delegado Adjunto da Alfândega de Foz do Iguaçu complementa: “A Receita Federal, em sua missão de combater crimes transfronteiriços, como o contrabando, apreende um volume de mercadorias que alcança a casa de bilhão de dólares por ano. Grande parte dessas apreensões é composta por mercadorias que não podem ser consumidas no país e devem ser destruídas. A Alfândega em Foz do Iguaçu é especialmente impactada por essa atividade, na qual é gerada uma volumosa gama de resíduos. Nossa instituição está vinculada às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos e para a consecução desse objetivo, parcerias com entidades como a ABTA são indispensáveis”.