Até julho deste ano, o site Registro.br marcava certa de 2,17 milhões de domínios sob a terminação ‘.br’. Este foi um dos dados apresentados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) na última terça-feira (17), quando também foram revelados os resultados do primeiro censo sobre a internet brasileira. As informações são do Geek.
O “censo web” será anual, segundo as entidades, e fará a contagem de acordo com os domínios. O último a ser contabilizado será o ‘.com.br’, sob a justificativa de seu tamanho. A contagem final (incluindo os endereços comerciais) deste primeiro recenseamento deve ser finalizada até o fim deste ano, mas isso é uma estimativa e não uma previsão.
O diretor executivo do CGI.br, Hartmut Glaser, ponderou que é muito cedo para saber quanto tempo será gasto para levantar os dados de cada um dos domínios.
Outro dado que foi apurado constatou que o número de endereços da web que adotam o padrão IPV4 vai se esgotar já no primeiro semestre de 2011. Por conta disso, a entidade acredita que a adoção do protocolo IPv6 é fundamental para que o esgotamento de domínios se não torne uma realidade.
Glaser sentenciou que o IPv4 vai se esgotar porém não será extinto da web. As duas tecnologias são interoperáveis. “O Brasil está liderando a transição para o IPv6 na América Latina”, disse.
“Já existem quatro operadoras (carriers) habilitadas a gerar tráfego via IPv6, e (…) temos um estoque de IPv4 que pode dar uma sobrevida de até 2 anos – o que é preocupante. Precisamos arrancar para o ipv6 imediatamente”, finalizou.
O executivo ressaltou ainda que o Google já possui todos os seus serviços em IPv6, em todas as operações no mundo. Situação inversa ao governo brasileiro, que não adotou para nenhum de seus sites o novo protocolo.
Entretanto, segundo o CGI.br essa realidade já está em processo de mudança: o governo federal já está implantando, paulatinamente, equipamentos IPv6 em suas operações de internet.
“Com esse primeiro levantamento, foi possível definir metodologias e traçar o escopo para um estudo mais amplo e completo a ser realizado sobre os sites com outros domínios”, disse Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos em TICs do NIC.br.
Ambos os executivos reforçaram que os dados apresentados refletem a atualidade, portanto, não é possível tirar conclusões a respeito deles devido a falta de uma série histórica para comparação.